FAZER FOGO
Que sei eu da tua vida feita de milhões de instantes?
Das tuas monstruosidades, tuas taras, teus dramas?
Que sei eu dos teus contrabandos no caminho até agora?
Se nem sei teu nome e as palavras de um pós-guerra
São como pedras que precisamos atritar para dar fogo...
Não é mau que o cenário seja pobre e antes uma questão
De sobrevivência fazer fogo: isso aproxima estranhos, dispensa
Cerimônia, protela a discórdia e nos chama a certos gestos
De linguagem universal, rosto de dor, corpo com sono, sede,
Medo, fome, e então se tocam a tua loucura, a minha sanha,
O meu desejo e o teu desejo, acordados, então queimamos,
E queimamos bem, como se assim fizéssemos juntos a vida toda.
quarta-feira, 31 de julho de 2019
domingo, 14 de julho de 2019
Kabir
KABIR - [Poema 12]
Conta-me, ó Cisne, tua velha história.
De onde viestes? Para onde vais?
Em que margem pousarás para descansar?
A qual meta entregastes o coração?
*
Esta é a manhã da consciência!
Voemos juntos! Desperta! Segue-me!
Há um lugar livre da dúvida e da tristeza,
Onde o terror da morte não impera.
*
Lá, florescem bosques em eterna primavera,
E sua fragrância faz avançarmos mais e mais.
Imerso nela, o coração, qual abelha, se inebria.
Imenso nela, já não quer outra alegria.
Tradução de José Tadeu Arantes
Assinar:
Postagens (Atom)
Fernando Paixão
Os berros das ovelhas de tão articulados quebram os motivos. Um lençol de silêncio cobre a tudo e todos. Passam os homens velho...
-
ÂNGELA.- Continuei a andar pela cidade à toa. Na praça quem dá milho aos pombos são as prostitutas e os vagabundos — filhos de Deus mais do ...
-
PÃO-PAZ O Pão chega pela manhã em nossa casa. Traz um resto de madrugada. Cheiro de forno aquecido, de levedo e de lenha queimada. Traz as...
-
ODE DESCONTÍNUA E REMOTA PARA FLAUTA E OBOÉ. DE ARIANA PARA DIONÍSIO. I É bom que seja assim, Dionísio , que não venhas. Voz e vento ...