UM POEMA EXEMPLAR Um poema exemplar: em linhas como: «Cidade, rumor e vaivém sem paz das ruas, Ó vida suja, hostil, inutilmente gasta, Saber que existe o mar e existem praias nuas, Montanhas sem nome e planícies mais vastas Que o mais vasto desejo, E eu estou em ti fechada e apenas vejo Os muros e as paredes e não vejo Nem o crescer do mar nem o mudar das luas. Saber que tomas em ti a minha vida E que arrastas pela sombra das paredes A minha alma que fora prometida Às ondas brancas e às florestas verdes» Sophia Andresen, «Cidade», Livro Sexto |
sexta-feira, 1 de junho de 2012
Sophia de Mello Breyner Andresen
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Fernando Paixão
Os berros das ovelhas de tão articulados quebram os motivos. Um lençol de silêncio cobre a tudo e todos. Passam os homens velho...
-
ÂNGELA.- Continuei a andar pela cidade à toa. Na praça quem dá milho aos pombos são as prostitutas e os vagabundos — filhos de Deus mais do ...
-
PÃO-PAZ O Pão chega pela manhã em nossa casa. Traz um resto de madrugada. Cheiro de forno aquecido, de levedo e de lenha queimada. Traz as...
-
ODE DESCONTÍNUA E REMOTA PARA FLAUTA E OBOÉ. DE ARIANA PARA DIONÍSIO. I É bom que seja assim, Dionísio , que não venhas. Voz e vento ...
Nenhum comentário:
Postar um comentário