onde os dias são mais leves e as horas mais delicadas,
eu te teria conseguido uma grande festança
e minhas mãos não te pegariam assim,
como às vezes te pegam,
tensas e assustadas.
Lá eu teria ousado te desperdiçar,
presença sem limites.
Como uma bola
eu te teria jogado no meio de toda a estonteante alegria
e tua queda
com mãos erguidas saltasse a amparar,
ó tu, coisa das coisas.
Como uma lâmina eu te teria
deixado reluzir.
Com o dourado anel
de teu fogo eu te deixaria envolver
e seria mister eu segurar-te
acima das mais alvejadas mãos.
Ter-te-ia eu pintado: não uma parede
e sim no céu, de ponta a ponta,
e te daria a forma de um gigante
e te faria assim: montanha, incêndio,
simum crescendo das areias do deserto
- ou, é também possível,
um dia eu te acharia...
Longe estão meus amigos,
mal lhes ouço ecoarem as risadas;
e tu estás caído de teu ninho
qual tenro pássaro de patas amarelas
e olhos grandes, e me fazes sentir mal.
(Minha mão, para ti, é larga demais.)
Com o dedo apanho da fonte uma gota
e vejo se não a queres com sede
e sinto que teu coração e o meu
palpitam assustados.
Jake Wood-Evans |
Nenhum comentário:
Postar um comentário