esta cidade é minha, este espaço que nunca se retrai,
mas onde o ardor da antiga chama, que me movia no mínimo gesto?
Esperei tanto, no entanto, esvaem-se na relva, ao sol, no vento,
os sonhos desorbitados,
parte da minha natureza
sempre em luta com o fado.
Perdi também no contato com o mundo,
pérola radiosa, vão pecúlio, uma certa inocência;
ficou a nostalgia de uma antiga união com o que existe,
triste alfaia.
[Marly de Oliveira, Aliança, Rio de Janeiro:Nova Fronteira, 1978, p. 17].
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj8bCUEcNGgOFXzx4AaQ8vtwaNhvPy09yby3k8Dk6H-bh_4f5RQ_Eav_EUYv6Z649e-8SNUzSVuc7fh8AKCw3aHpz29bM_i3TL5qTxnmkYTu0xml7gwL1ybi7Rg454e26fmQJPzfCSAB2M/s400/mulher2.jpg)
Nenhum comentário:
Postar um comentário