Chegarei lá, a utopia me espera.
Creio em Tomás Morus, imaginador do céu
e da terra,
do universo que inda não há agora,
mas que tem de haver,
pois o sonho é que o cria,
e o inexistente é apenas
o que não foi desejado.
E eu desejo a utopia,
é minha pátria e para lá caminho.
Pátria minha inexistente
onde irei nascer um dia, não sei como,
da minha morte, talvez,
talvez da vida.
Agora, absurdo, realidade adiante,
um dia acontecerás, pátria minha utopia
e pisarei no teu solo real
de absurdos e sonhos.
Daniel Lima, poemas, Cepe: Recife, 2011, p. 206
terça-feira, 29 de maio de 2012
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