LXXV
As maçãs ao relento. Duas. E o viscoso

Deixei-as para quem devora esta agonia crua:
Meu instante de penumbra salivosa.
As maçãs comi-as como quem namora. Tocando
Longamente a pele nua.
Depois mordi a carne
De maçãs e sonhos: sua alvura porosa.
E deitei-me como quem sabe o Tempo e o vermelho:
Brevidade de um passo no passeio.
In DO AMOR, Ed. Massao Ohno: São Paulo, 1999, p. 85
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