EXÍLIO
Espero tecendo os dias
Imagino e contemplo.
Num país sem flores onde o mar não é mar
E enigma são os navios,
Eu não entendo o sentido das velas
Tenho fome e sede de horizontes frios
EXÍLIO
Quando a pátria que temos não a temos
Perdida por silêncio e por renúncia
Até a voz do mar se torna exílio
E a luz que nos rodeia é como grades
EXÍLIO
Exilámos os deuses e fomos
Exilados da nossa inteireza
[In OBRA POÉTICA, Alfragide, Caminho, 2011, p. 642].
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