quinta-feira, 26 de julho de 2012

Torquato da Luz



Mar de Enredos
Navegamos num mar de enredos:
mal a onda se esvai, logo outra vem
entre limos, enigmas e segredos
a que não escapa ninguém.
Por mais absurdo que o caso seja,
há sempre quem, por despeito ou inveja,
lhe dê sequência e atenção
para rapidamente o abandonar
em troca do que tome o seu lugar
na infindável sucessão.

E assim vamos gastando os dias
em novelos e ninharias.

Ainda e sempre
Ainda um dia hei-de contar-te as espantosas
coisas de que me lembro quando fico à tua espera
horas e horas, cada vez mais vagarosas,
e tu não chegas, meu amor, e tu demoras
mais do que a minha paciência. Quem me dera
aquele tempo em que era sempre primavera
e assistia indiferente à passagem das horas.
Mas, quando chegas, só me ocorre esquecer tudo
e ter-te uma vez mais como quem tem o mundo.

Fonte: Blog do autor - http://oficiodiario.blogspot.com.br/



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