NAO CANTES O MEU NOME EM PLENO DIA
Não cantes o meu nome em pleno dia
não movas os seus ásperos motivos
sob a luz dolorosa sob o som
da alegria
Não movas o meu nome sob as tuas
mãos molhadas do choro doutros dias
não retenhas as sílabas caídas
do meu nome da tua boca extinta
Não cantes o meu nome a primavera
já o ameaça hoje principia
a vida do meu nome não o cantes
com a tua alegria.
In Os nomes, Imagem da Linguagem, Assírio & Alvim, 1974
Fonte: Poesia e prosa no sapo.pt
Sobre Gastão Cruz
segunda-feira, 29 de outubro de 2012
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