sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Eduardo Milán


Seguir o fio de um som insinuado
Que bordeja o âmbito mais preciso:
O nascimento a pico entre pluma e palha
Daquele que noutra chave diz “sou”,
Esse assunto, nenhum tão minucioso,
Pelo pontual ponto por ponto caminho de se perder
E se achar em desorbitados
Ecos, boi assomado no abismo
- era assim a fineza procurada pelos stilnovistas
Chamaram-no “dourado” mais pela cor que pelo peso -
E quem o tira disso agora? Impossível:
Fios, fibras, fontes, estrias, olhos d’água.

Tradução: Odile Cisneros e Alcir Pécora

In Sibila - Revista de Poesia e Cultura
Ano 6 - n. 11 - 2006, p. 45
Martins Fontes
São Paulo


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