BALADA PARA UM HOMEM NA MULTIDÃO
Este homem que entre a multidão enternece por vezes destacar
é sempre o mesmo aqui ou no japão
a diferença é ele ignorar.
Muitos mortos foram necessários
para formar seus dentes um cabelo
vai movido por pés involuntários
e endoidece ser eu a percebê-lo.
Sentam-no à mesa de um café
num andaime ou sob um pinheiro
tanto faz desde que se esqueça
que é homem à espera que cresça
a árvore que dá dinheiro.
Alimentam-no do ar proibido
de um sonho que não é dele
não tem mais que esse frasco de vidro
para fechar a estrela do norte.
E só o seu corpo abolido
lhe pertence na hora da morte.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiuxa17rJKrzdDDp0YNAv1az0bbe3zA0BbSTnisx4jje9ZQ-SueXSZ7wFmtYlyEY_nuRPO-5ypcNFaiuKsoPGFEjBfGpLSXpALtSLfjp1Rrbvbqevhv_qeiVnvWr1V9xZg8qOAxna5bdG5N/s320/images.jpg)
Nenhum comentário:
Postar um comentário