Adoro-Te,
maravilhada,
quando plantas na areia selvagem
cedros e acácias,
murtas e oliveiras,
quando chamas as estrelas pelo nome.
Temendo,
quando surges na ilha da visão:
olhos de fogo,
pés de metal ardente,
na Tua voz, ruído de muitas águas,
na boca, a espada de dois gumes.
Distante e violento,
a medir, a pesar,
a julgar para sempre.
Comovida,
quando Te sei humano,
estremecendo de dor
ante a pedra de um sepulcro.
Amando Teus amigos
com a ternura
com que amo os meus.
Carminha Gouthier, Mystica Poesia - Poemas Reunidos, p. 139.
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