Em primeiro lugar as magnólias.
Com seus cálices
e corolas: aquarelas
de todas as tonalidades e suma
delicadeza de toque.
Pequena aurora diluída
com doçura, nos tanques.
e susto de pássaro.
As valsas — que
sorrateiras. E as flautas.
As noites com
flauta sob a janela
inaugurando a lua
nascida
para o suspirado
amor.
a maravilha. E o
caos.
Com seus favos e
suas hidras,
o mundo. O mar com
seus apelos,
horizontes para o
éter,
desespero em
mergulho.
Com o tempo, o
ocaso. As lentas
plumas, os
reposteiros
com seus moucos
ouvidos,
a tíbia madeira
para
o resguardo das
cinzas,
as entabulações —
e com que recuos —
da paz.
Finalmente os
endurecidos espelhos,
os cristais sob o
quebra-luz,
dos ângulos o
verniz,
o ouro com
parcimônia, a prata,
o marfim dos
esqueletos.
(Flor da morte)
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