te amo como a mãe ama em silêncio seu menino,
como as cavernas suas profundezas,
como os cômodos à luz,
como o espírito à chama e o corpo ama o repouso.
Guardo teus sorrisos, tuas idas e vindas, tuas palavras
como a terra guarda os objetos que caem em seu seio.
Em meus instintos gravei
como ácidos no metal,
tua doce imagem:
lá teu ser preenche a tudo que é essencial.
Os instantes passam ruidosamente,
mas tu ficas, silenciosa, em meus ouvidos.
As estrelas se acendem e se apagam,
mas tu permaneces em meus olhos.
Como o silêncio em uma gruta
teu gosto flutua cálido em minha boca,
erguem um vaso de água tuas mãos,
e nelas tua fina rede de veias,
recompõem a aurora por momentos.
Ode - (fragmento)
Sobre o autor
![]() |
Kazimir Malevich |
Nenhum comentário:
Postar um comentário