Vejo a estrela que percorre
a noite larga.
Vejo a estrela que perturba
fundos mares.
Vejo a estrela que revela
a eternidade.
Mas para onde foi a estrela
contemplada?
Para onde foi no momento
mais amargo?
Em que cimos ora habita
que debalde
nos olhos guardo constantes
orvalhadas?
Vejo a estrela — tão de súbito!
ao meu lado.
Vejo os olhos do Menino
desejado.
[Henriqueta Lisboa, Obras Completas, Vol. I, Poesia Geral, Duas Cidades: São Paulo, 1985, p. 270]
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