CANÇÃO
DAS CEREJEIRAS EM MAIO
Antigamente, as luas rodavam de outra forma,
as pombas traziam-me a luz, o seu hálito,
por entre plátanos, madressilva e taças cheias
de cerejas, música.
as pombas traziam-me a luz, o seu hálito,
por entre plátanos, madressilva e taças cheias
de cerejas, música.
Era quando os rios desaguavam em Maio,
anunciando
anunciando
os dióspiros, os touros aquáticos, os touros
do sol.
No mar, também as velas me festejavam
na sombra, na luz.
No mar, também as velas me festejavam
na sombra, na luz.
No Oriente as cerejeiras confluíam, em seu lume
claro, deslumbrante,
as suas flores caindo de uma só vez.
Nas cordas do ser, os harpejos fluíam e o céu
desprendia-se, de uma só vez,
na finitude amena
desprendia-se, de uma só vez,
na finitude amena
dos seus ramos de esplendor.
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