E Yukel fala:
Busco-te.
O mundo onde te busco é um mundo sem árvores.
Nada além de ruas
vazias,
ruas nuas.
O mundo onde te busco é mundo aberto a outros mundos sem nome,
ruas nuas.
O mundo onde te busco é mundo aberto a outros mundos sem nome,
um mundo onde não
estás, é aí que te busco.
Há teus passos,
teus passos que
sigo e espero.
Segui o lento
caminhar de teus passos sem sombra
sem saber quem eu
era,
sem saber para
onde ia.
Um dia lá
estarás.
Aqui, ou em outro
lugar,
um dia como todos
os outros.
Talvez, amanhã.
Tenho seguido,
para chegar a ti, outros caminhos amargos
onde o sal quebra
o sal.
Tenho seguido,
para chegar a ti, outras horas, outras orlas.
A noite é uma mão
para quem segue a noite
À noite, caem
todos os caminhos.
Era necessária
essa noite em que peguei tua mão, quando estávamos sozinhos.
Era necessária
essa noite como era necessário esse caminho.
No mundo onde te busco és a grama e o degelo.
És o grito
perdido em que me extravio.
Mas és também,
ali onde nada vela, o esquecimento feito de cinzas de espelho.
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