São essas as palavras
que não sobrevivem ao mundo. E dizê-las
é sumir
no mundo. Inabordável
luz
que pulsa sobre a terra, ateando
o breve milagre
do olho aberto —
e o dia que se há de abrir
como um fogo de folhas
no primeiro vento gélido
de outubro
consumindo o mundo
na fala clara
do desejo.
[Fonte: Todos os poemas, Tradução e prefácio de Caetano W. Galindo, São Paulo, Companhia das Letras, 2004, p. 147].
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