domingo, 12 de abril de 2015

Marina Tsvétaïeva

Negra, como pupila, como pupila sorvendo
A luz - amo-te noite elevada.

Dá-me voz para cantar-te, ó mãe de todas as canções
Cujo canto é levado pelos quatro ventos.

Louvando-te, chamando-te, sou apenas uma
Concha onde ainda não cabe o oceano.

Noite! Já cansei de mirar na pupila dos homens!
Incinera-me, negro sol - é noite!

9 de agosto de 1916

(tradução de Verônica Filippovna)

Nenhum comentário:

Fernando Paixão

  Os berros das ovelhas  de tão articulados quebram os motivos.   Um lençol de silêncio  cobre a tudo  e todos. Passam os homens velho...