CANÇÃO DO ESTRANGEIRO
Estou à procura
de um homem que não conheço,
que nunca foi tão eu mesmo
quanto desde que o procuro.
Teria ele meus olhos, minhas mãos
e todos esses pensamentos semelhantes
aos destroços deste tempo?
Estação de mil naufrágios,
o mar deixa de ser mar,
convertido em água gelada dos túmulos.
Mais longe, porém, quem sabe mais longe?
Uma menina canta a contragosto
e, à noite, reina sobre as árvores,
pastora em meio a carneiros.
Arranquem a sede do grão de sal
que nenhuma bebida poderá aplacar.
Com as pedras, um mundo se consome
por ser, como eu, de parte alguma.
(Tradução de Caio Meira)
segunda-feira, 15 de junho de 2015
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Ailton Volpato
Finados A criança sobre o campo sagrado traça caminhos. Brinca, não sabe o que virá e vive o dia na graça. No campo está a história, a m...


-
PÃO-PAZ O Pão chega pela manhã em nossa casa. Traz um resto de madrugada. Cheiro de forno aquecido, de levedo e de lenha queimada. Traz as...
-
EU JÁ ESCUTO OS TEUS SINAIS Olhe lá Eu nunca quis voltar atrás no tempo nem por uma vez A vida já foi muito boa e mui...
-
SOBRE O FIM DA HISTÓRIA A pólvora já tinha sido inventada, a Bastilha posta abaixo e o czar fuzilado quando eu nasci. Embora não me r...

Nenhum comentário:
Postar um comentário