Seja louvado
Pelo muito que me dá,
por tudo que tirou,
pela neve que caiu,
pelo fogo que me lavrou.
Pela herança de solidão
que me esperava,
pelo acréscimo de solidão
que me acompanha.
Pelas mão ávidas
de estrelas,
que se calaram
submissas.
Pelos olhos que exigiam itinerários do espaço,
para fugas imprevistas.
Olhos que aceitam
as margens desnudas,
os limites tão próximos,
a réstia de sol no retângulo da mesa.
Seja louvado,
com os lábios que bendizem a pedra do moinho,
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