segunda-feira, 28 de maio de 2012

Alejandra Pizarnik

SÓ A SEDE
Apenas a sede
o silêncio
nenhum encontro
cuidado comigo, meu amor,
cuidado com a silenciosa no deserto
a viajante de copo vazio
e a sombra de sua sombra
Alejandra Pizarnik, Poesia Argentina, Iluminuras: São Paulo, 1990, p. 187

SOMBRA DOS DIAS QUE VIRÃO
Amanhã
me vestirão com cinzas à aurora,
me encherão a boca de flores.
Aprenderei a dormir
na memória de um muro,
na respiração
de um animal que sonha.

In Poesía Completa, Barcelona: Editorial Lumen, 2000, p. 202.





Nenhum comentário:

Fernando Paixão

  Os berros das ovelhas  de tão articulados quebram os motivos.   Um lençol de silêncio  cobre a tudo  e todos. Passam os homens velho...