O QUE APRENDI COM TERESA?
O que aprendi com Teresa? Que a ressurreição não é um
acto de potência divina, mas a suprema manifestação de amor. Dar a vida não
chega, não é um acorde consonante com a substância. Ressuscitar, sim, é o
acorde perfeito.
Mais adiante, o texto falar-nos-á de uma rapariga.
Ele entra, e diz-me:
– Sim – diz-me ela, pousando as mãos nos meus joelhos: – Desejo encontrar alguém que me ame com bondade, e que seja um homem.
– Alguém que queira ressuscitar para ti?
– Sim. Alguém que tenha comigo essa memória.
Mais adiante, o texto falar-nos-á de uma rapariga.
Ele entra, e diz-me:
– Sim – diz-me ela, pousando as mãos nos meus joelhos: – Desejo encontrar alguém que me ame com bondade, e que seja um homem.
– Alguém que queira ressuscitar para ti?
– Sim. Alguém que tenha comigo essa memória.
In O jogo da liberdade da alma, Lisboa: Relógio d’Água, 2003
(Teresa é Thérèse de Lisieux, de quem Maria Gabriela Llansol traduziu O alto voo da cotovia)
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