MORADAS
Na mão crispada de um morto,
na memória de um louco,
na tristeza de uma criança,
na mão que busca o vaso,
no copo inatingível,
na sede de sempre.
In Poesía Completa, Barcelona: Editorial Lumen, 2000, p. 205
COLD IN HAND BLUES
e o que dirás
vou dizer pouca coisa
e o que farás
vou esconder-me na linguagem
porque
tenho medo
In Poesía Completa, Barcelona: Editorial Lumen, 2000, p. 263
NUM EXEMPLAR DE "LES CHANTS DE MALDOROR"
Sob meu vestido ardia um campo com flores alegres como crianças da meia noite.
O sopro da luz em meus ossos quando escrevo a palavra terra.
Palavra ou presença seguida por animais perfumados; triste como só ela mesma, formosa como o suicídio; e que me sobrevoa como uma dinastia de sóis.
In Poesía Completa, Barcelona: Editorial Lumen, 2000, p. 275
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Fernando Paixão
Os berros das ovelhas de tão articulados quebram os motivos. Um lençol de silêncio cobre a tudo e todos. Passam os homens velho...
-
ÂNGELA.- Continuei a andar pela cidade à toa. Na praça quem dá milho aos pombos são as prostitutas e os vagabundos — filhos de Deus mais do ...
-
PÃO-PAZ O Pão chega pela manhã em nossa casa. Traz um resto de madrugada. Cheiro de forno aquecido, de levedo e de lenha queimada. Traz as...
-
ODE DESCONTÍNUA E REMOTA PARA FLAUTA E OBOÉ. DE ARIANA PARA DIONÍSIO. I É bom que seja assim, Dionísio , que não venhas. Voz e vento ...
Nenhum comentário:
Postar um comentário