Eu gostava quando lia
um poema de são João da Cruz,
e pensava na noite
como a única porta para o possível,
quando falava de minha escuridão
ou do cadáver de minha escuridão,
arranhando no silêncio,
a pele do silêncio,
ou quando descansava à tarde,
olhando-me nos olhos,
dizendo-me: nada nos salva da noite,
nem a noite.
(El Unicornio e outros poemas)
sábado, 8 de setembro de 2012
Assinar:
Postar comentários (Atom)
José Luis Peixoto
CERTEZA Num momento, acerta-nos a certeza de tantas manhãs desperdiçadas. De repente, este inverno é o último e os nossos braços esticados...
-
ÂNGELA.- Continuei a andar pela cidade à toa. Na praça quem dá milho aos pombos são as prostitutas e os vagabundos — filhos de Deus mais do ...
-
PÃO-PAZ O Pão chega pela manhã em nossa casa. Traz um resto de madrugada. Cheiro de forno aquecido, de levedo e de lenha queimada. Traz as...
-
VIDA AO NATURAL Pois no Rio tinha um lugar com uma lareira. E quando ela percebeu que, além do frio, chovia nas árvores, não pôde acredita...
Nenhum comentário:
Postar um comentário