sábado, 8 de setembro de 2012

Carlos Pintado

Eu gostava quando lia
um poema de são João da Cruz,
e  pensava na noite
como a única porta para o possível,
quando falava de minha escuridão
ou do cadáver de minha escuridão,
arranhando no silêncio,
a pele do silêncio,
ou quando descansava à tarde,
olhando-me nos olhos,
dizendo-me: nada nos salva da noite,
nem a noite.

(El Unicornio e outros poemas)

Nenhum comentário:

Fernando Paixão

  Os berros das ovelhas  de tão articulados quebram os motivos.   Um lençol de silêncio  cobre a tudo  e todos. Passam os homens velho...