e completa-se nas mãos.
As mãos descobrem as coisas
mais que os olhos
e dão formas às formas, e vigor.
É pelas mãos que se confirmam os olhos.
E por elas que o universo
diz a sua palavra,
a que revela o segredo
de seu silêncio essencial.
&&&
A mágoa que agora sentes
não é mágoa de agora. Vem de longe.
É dor acumulada.
Dor de tuas origens esquecidas,
de um remoto passado
em que nem existias ainda.
Essa dor que agora sentes
existiria em alguém, em algum lugar,
mesmo que não houvesses nascido.
Na história geral das mágoas
a dor de cada um é um simples episódio.
Daniel Lima, poemas, Cepe: Recife, 2011, p. 256
Nenhum comentário:
Postar um comentário