ERRO*
(1860)
Vous...
Qui des combats du coeur n'aimez que la victoire
Et qui revêz d 'amour, comme on rêve de gloire,
L 'oeilfier et non voilé des pleurs...
Georges Farcy
Com esse amor passageiro
Que nasce na phantasia
E não chega ao coração;
Nem foi amor, foi apenas
Uma ligeira impressão;
Um querer indifferente,
Em tua presença vivo,
Nullo se estavas ausente.
E se ora me vês esquivo,
Se, como outr’ora, não vês
Meus incensos de poeta
Ir eu queimar a teus pés,
E que, — como obra de um dia,
Passou-me essa phantasia.
Para eu amar-te devias
Outra ser e não como eras.
Tuas frivolas chimeras,
Teu vão amor de ti mesma,
Essa pêndula gelada
Que chamavas coração,
Eram bem fracos liames
Para que a alma enamorada
Me conseguissem prender;
Foram baldados tentames,
Sahio contra ti o azar,
E embora pouca, perdeste
A gloria de me arrastar
Ao teu carro... Vãs chimeras!
Para eu amar-te devias
Outra ser e não como eras...
* Publicado originalmente no Jornal das Famílias, sob o
título Amor passageiro. (NE)
Fonte: Chrysalidas, Belo Horizonte: Ed. Crisálida:, 2000, pp. 48-49, ed. Oséias Silas Ferraz
Nenhum comentário:
Postar um comentário