terça-feira, 6 de novembro de 2012

Antonio Barreto

MUGIDO
Não será preciso a fala a noite
para plantar no teu sangue esta cidade

Nem mistérios de portas e nus fantasmas
para timbrar tua pele com meus dedos

Onde se encontram os vértices da amargura
aí sim, será preciso o meu mugido

Quando cortarem as unhas do teu pé
e esfolarem da memória meus sentidos.

Publicado no "Minas Gerais" (Suplemento Literário), n. 575, 8 de outubro de 1977.
Fonte: Acervo digital da Faculdade de Letras da UFMG


Nenhum comentário:

Fernando Paixão

  Os berros das ovelhas  de tão articulados quebram os motivos.   Um lençol de silêncio  cobre a tudo  e todos. Passam os homens velho...