Joia do absurdo
Esta flor imaginada
Dentro do teu sonho de menino.
Uma ilusão querer guardá-la para sempre:
Quando chegar o sol das almas deste inverno,
Será o fim do tempo de raízes.
Zoltan Szabo: wind dancers |
Resplandece e perde o viço.
Pétala para tudo que é finito.
Pela futura celebração da memória,
Pelo que, um dia, sem explicação, termina.
Pétala para que tu sejas grato ao que há de vir.
O amor se apressa, se desespera,
Trágico de tanta alegria.
Por ele surge o escarlate
E o lastro de estandarte sob a terra.
Por ele se abre e se desfolha a tua rosa
No vento arauto das despedidas.
Fazer Silêncio, São Paulo: Iluminuras, 2005, p. 25
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