Se não queres que descanse nos Teus ombros
minha fronte atormentada...
E não me convidas para as colheitas de trigo,
onde espigas vibram à música de Tuas Palavras...
Nem me permites brincar com algas e conchas
na areia da praia,
onde os Teus consertam redes, no oficio de pescar...
Se tropeço nas raízes da Cruz,
ao colher as flores que amanhecem nos Teus rastros.
E tenho de ficar sozinha,
esquecida,
até que venhas...
Unge meus olhos, para que Te reconheçam
sob o véu de todas as ausências.
E meus joelhos,
para que possa equilibrar-me
nesse fio de luz estendido sobre os abismos.
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