Onze anos no jardim da morte e é como se fosse
o teu dia de
aniversário
tão
próximo apareces, de olhos líquidos, dados.
Ervilhas-de-cheiro e uma luz muito clara
sobre o mármore do
teu retrato.
Cartas guardadas agenciam a entrega rápida do passado
onde instantâneo ris,
Cartas guardadas agenciam a entrega rápida do passado
onde instantâneo ris,
no sofá
ladeado de cisnes.
Já não tenho o teu
endereço
a não ser pela mala dos sonhos.
a não ser pela mala dos sonhos.
Há
graúnas bicando os grãos da vida,
romã. O que acontece
na paisagem à prova de som, sem gravidade,
suspensa dos filamentos da saudade.
Súbito e são lágrimas, a fratura exposta
romã. O que acontece
na paisagem à prova de som, sem gravidade,
suspensa dos filamentos da saudade.
Súbito e são lágrimas, a fratura exposta
da tua falta.
Depressa,
depressa demais é que se desprendem os pássaros
do teu rosto.
do teu rosto.
Dia de Todos os Mortos:
flutuas
flutuas
pela
nave espacial da lembrança.
Nem os acordes do grande órgão de Thomaskirche
iluminado como um transatlântico ■
iluminado como um transatlântico ■
conseguem me levar à tua estrela.
Dali mandas mensagens
convites para o
cottage verde
onde fechas devagar os olhos
de ocarina.
Acorda
deste lado do espelho
trinca o cristal da ausência,
corpo de ar!
trinca o cristal da ausência,
corpo de ar!
Sobem vazios
os elevadores da
morte.
Por esses, e por outros motivos,
Por esses, e por outros motivos,
recorro à ladainha do teu rosto
que repito que repito
inconscientemente dentro dos anos
me desviando da tua memória frontal
insuportável
até o nosso encontro,
corolário de uma eternidade lógica,
no primeiro círculo do Purgatório,
nos subúrbios do Paraíso.
que repito que repito
inconscientemente dentro dos anos
me desviando da tua memória frontal
insuportável
até o nosso encontro,
corolário de uma eternidade lógica,
no primeiro círculo do Purgatório,
nos subúrbios do Paraíso.
Nenhum comentário:
Postar um comentário