O SONO
ANTECEDENTE
Parai tudo que me impede de dormir:
esses guindastes dentro
da noite,
esse vento violento, o último pensamento desses suicidas.
Parai tudo o que me impede de dormir:
esses fantasmas interiores que me abrem as pálpebras,
esse bate-bate de meu coração,
esse ressonar das coisas desertas e mudas.
Parai tudo que me impede de voltar ao sono iluminado
que
Deus me deu
antes de me criar.
[In Antologia Poética, Rio de Janeiro: Ed. Sabiá, 1969, p. 81]
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A.Kuinj |
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