Cantata
Escrevo-te, meu valente,
sobre aquela ave de estuário
que rebatia seu mergulho numa alçada
e agora passa riscando a vaporosa
porque já não aguenta descer rasante para a água.
As casas no remanso da estrada lateral
— nem soubeste desta
no nosso tempo irreparável —,
pela novidade sadia de se voltarem à luz,
dizem
aonde vão dar os tropeiros que seguem,
as jovens estúpidas de chapéu largo,
o
negrinho da nossa fábula americana.
A espera no fio das pedras não me faz inspiração
como em tua certa companhia
quando ouvi a existência das pontes
e dos faroleiros e das barcaças cambaleantes
pela tua explicação terrena de amante que mal aportou
e surpreendentemente embarca de volta no remoinho.
Escrevo-te, meu bom valente,
para que a todo novembro seguinte
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