na primavera, deitada em sua cama, olhava seus pequenos
companheiros brincando pela janela aberta
no verão, também de cama, ela ouvia os relatos:
“nosso terreno selvagem está salvo”
na sua ausência, muitas batalhas foram travadas
e perdidas
seus soldados, cansados, eram por ela abençoados
com a
benção lida em Um Jardim de Poemas Infantis
muitos anos depois, dança descalça
e ruma para as hastes da
floresta
toca a noite e o dia, e canta:
“até que morte nos separe”
oráculo do seu tempo
não mais com fome
não mais sedenta
iluminada
com lisos fios brancos no cabelo
sob céus imóveis
ela valsa
seu Madrigal é seiva em meu coração
In Habitar teu Nome, Natal (RN): Una, 2011, p. 53
Pablo Palazuelo |
3 comentários:
Pelas referências a poeta está falando sobre outra poeta, a Patti Smith. Belo poema, bela homenagem.
Eliane Dantas
Obrigado, Eliane, pela visita e pelo comentário. A Marize é uma grande poeta potiguar e ficará sabendo dessa sua inteligente leitura do poema. Volte sempre!
Eliane. Confirmado. Marize adora Patti Smith! Obrigado pela colaboração! Abr.
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