O SERVO NOVO AO SOM DE CUJA LIRA
O servo novo ao som de cuja lira
Agora dormes,
Rei, aqui maldigo
E invejo; neste burgo forte e quieto,
Em plena primavera de oliveiras,
Venho sonhar contigo e teus perigos,
Teus
combates, teu riso, teu pecado;
Vestido, farto, amado, longe, ah, longe
Do teu flamante outono de granadas,
Verme seguro, salvo, tremo, ao ver-me
Mendigo de loucura, medo e crime;
À sombra deste lírio duro, lívido,
Canto a flexível flor de fogo, amável
Embora
amarga e irmã da que sabíamos
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