terça-feira, 22 de outubro de 2013

Miodrag Pávlovitch

BOSQUE DA MALDIÇÃO
Bosque da maldição 
estandarde do crepúsculo 
destinos chegam 
para repousar

Coleções de cadáveres 
bóiam sob a terra 
nomes esquecidos 
brotam com as pedras

Dias perdidos 
sóis esparramados 
feito nuvens mortas 
afogam-se no rio

Os séculos conversam por telefone
apenas a mentira
imagina ter direito ao regresso

Miodrag Pávlovitch, Poetas do Mundo, Bosque da Maldição, Sel., Trad., Introd.,  Aleksandar Jovanovic, Brasília: Editora UNB, 2003, p. 67.

Camille Pissarro 

Nenhum comentário:

Fernando Paixão

  Os berros das ovelhas  de tão articulados quebram os motivos.   Um lençol de silêncio  cobre a tudo  e todos. Passam os homens velho...