IV
Eis os que pretendiam
edificar o Templo,
E os que desejariam edificado ele não fosse.
Nos tempos de Neemias, o Profeta,
Quando exceção alguma à regra se fazia.
No palácio de Susa, no mês de Nissan,
Ele o Rei Artaxerxes fez regalo de seu
vinho
E aflito se mostrou pela cidade derruída,
Jerusalém;
E o Rei deixou então que ele partisse
Para que
fosse a cidade enfim reconstruída.
E assim ele seguiu, com uns poucos, rumo a
Jerusalém,
E lá, ao cruzar a fonte do dragão, sob a porta
da fossa,
Sob a porta da fonte, junto ao açude do rei,
divisou
Jerusalém que devastada se prostrava, consumida pelo fogo;
Nenhum lugar
havia que uma besta ali trilhasse.
A sua vista os inimigos se alinhavam em
desafio,
E à sombra rastejavam os espiões e
oportunistas
Quando ele e os seus principiaram a soerguer o
muro.
Assim edificaram eles como devem edificar os homens.
A espada numa das mãos, na outra o aço do
ofício.
In Coros de "A Rocha", Poesia, T. S. Eliot, Tradução, apresentação, introdução e notas de Ivan Junqueira, Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2006, pp. 192-193.
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