DÁLIA
Digo: Dália!
«E as dálias, rechonchudas, plebeias, dominicais»
avançam,
senhoras de meia-idade muito atarefadas mas com tempo
[muito para uma conversinha
em que se fala de tudo e nada e muito maldizer, sobretudo a
[coscuvilhice
e a «nossa» vida — credo! — é uma macacada.
Digo: Dália!
E agradeço os plebeísmos de Manuel Bandeira,
o mais fino poeta do Brasil,
ele que é avô do que ainda é novo em Portugal.
Digo: Dália!
Dálias, afinal.
Se as dálias não fossem tão lindas,
a vida seria um enjoo
e nenhum gatinho faria pipi
«com gestos de garçon de Restaurant-Palace...»
Digo: Dália!
«E as dálias, rechonchudas, plebeias, dominicais»
avançam,
senhoras de meia-idade muito atarefadas mas com tempo
[muito para uma conversinha
em que se fala de tudo e nada e muito maldizer, sobretudo a
[coscuvilhice
e a «nossa» vida — credo! — é uma macacada.
Digo: Dália!
E agradeço os plebeísmos de Manuel Bandeira,
o mais fino poeta do Brasil,
ele que é avô do que ainda é novo em Portugal.
Digo: Dália!
Dálias, afinal.
Se as dálias não fossem tão lindas,
a vida seria um enjoo
e nenhum gatinho faria pipi
«com gestos de garçon de Restaurant-Palace...»
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