Quando dormes, ébrio de sol, qual semente
Que perde o alento
Sob o solo. Sonhar no cio
Todo o calor
Que infesta o equilíbrio
De uma mão, que germina
O milagre do seco...
Em cada ponto que deixaste
Os lobos enlouquecem
Com as folhas que não falam.
Morrer. Acolher fulvos lobos
Que arranham as portas: uivos
Na folha — ou dormes, e o sol
Jamais verá seu fim.
É verde onde respiram sementes negras.
[Fonte: Todos os poemas, Tradução e prefácio de Caetano W. Galindo, São Paulo, Companhia das Letras, 2004, p. 43].
Sobre Paul Auster
![]() |
Jennifer Smith Greene |
Nenhum comentário:
Postar um comentário