Escrever sempre também cansa
E a passividade da assistência requer
Dos actores mais trabalho clínico de persuasão
E a leitura a forma mais barata de adormecer
E o melhor sono nessa fronteira onde do palco
Se desce pelas pálpebras toda mentira escarrada
Toda cena depende da criação do ambiente
Uma cena não pode ser a isolação da imagem
Mas mais a actividade mental dos presentes
Disfarçada pela sua inércia de tentáculos
Pois não é pelos movimentos manuais do maestro
Que se pendura a orquestra do silêncio de quem escuta
Todo maestro é sempre o bobo da festa
Fernando Sernadas, 9/3/2014
© Fernando Sernadas, 2014
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Miriam Schapino |
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