raramente a flecha mineral dum estímulo
viaja no poro sem aleijá-lo – há um branco vazio
inerte na escolha do icebergue quase invisível
mas que pesa inelutavelmente sobre os ombros
quando se hipoteca a força memorial das imagens
qualquer tentativa de reconhecimento é perigosa
pelo emaranhamento de nervuras que encalacra o
bolbo raquidiano, qualquer devaneio libertino
por cansaço jogado às grades vítreas poderá fundir
o poro, isto é, inutilizá-lo irremediavelmente
a flecha mineral é uma agulha sintonizadora
abrindo expressão a mucosas e órgãos, o visco
de notícia estrangeira no colchão da identidade
– as feridas e o paradoxo, fricção ousada no poro
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