PELA PRIMEIRA VEZ
Meu espírito é frágil; ser mortal
Pesa-me como sono indesejado,
E cada abismo ou penhasco escarpado
Lá, de deus, fala que terei final
Como águia enferma a contemplar o céu.
Porém é um fausto luxo o lacrimar,
Que eu, os nevados ventos a guardar,
Nâo os tenha ao abrir do amanhecer.
Essas obscuras glórias do pensar
O coração envolvem em grande arfar;
Tal obra é bela dor estonteante
Que mescla a grandeur grega com o rude
Varrer do velhoTempo — alvor avante
Um sol — a sombra dessa magnitude.
[In Grandes Poetas da Língua Inglesa do século XIX, Organização e tradução de José Lino Grünewald, Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 1988, p. 57].
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