sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

Sândrio Cândido

meu amor, tu permaneces, na memória do meu coração
feito fiapos de manga 
entre os dentes cansados de mastigar 
também o coração se cansa 
fica balouçando entre as lembranças
o teu riso por vezes eleva os meus olhos 
a um lugar inacessível
o esquecimento devorou o teu perfume 
que ficou grudado em minha pele 
em forma de piano 
ferida partitura tem a saudade!
coloco a nossa música 
pensando assim inalar a tua presença 
foste tão cedo
e nada consegue responder o porque.
o teu riso por vezes me salva da noite 
quebra por dentro 
os vitrais embaçados pela saudade
então te ouço
distantes os teus passos 
convidam os meus para a outra dança
foste tão cedo
deixaste em mim uma estrada 
feita de rastros 
sem nenhum viajante
estou a evocar o teu nome - 
foi nos teus olhos que aprendi o meu nome.

O poeta Sândrio Cândido nasceu em Minas Gerais, em 1991, e desde 2011 reside em Curitiba, onde  é seminarista do Instituto Missões Consolata e realiza os estudos de graduação em filosofia.



















Nenhum comentário:

Rosa Alice Branco

  A Árvore da Sombra A árvore da sombra tem as folhas nuas como a própria árvore ao meio-dia quando se finca à terra e espera co...