meu amor, tu permaneces, na memória do meu coração
feito fiapos de manga
entre os dentes cansados de mastigar
também o coração se cansa
fica balouçando entre as lembranças
o teu riso por vezes eleva os meus olhos
a um lugar inacessível
o esquecimento devorou o teu perfume
que ficou grudado em minha pele
em forma de piano
ferida partitura tem a saudade!
coloco a nossa música
pensando assim inalar a tua presença
foste tão cedo
e nada consegue responder o porque.
o teu riso por vezes me salva da noite
quebra por dentro
os vitrais embaçados pela saudade
então te ouço
distantes os teus passos
convidam os meus para a outra dança
foste tão cedo
deixaste em mim uma estrada
feita de rastros
sem nenhum viajante
estou a evocar o teu nome -
foi nos teus olhos que aprendi o meu nome.
O poeta Sândrio Cândido nasceu em Minas Gerais, em 1991, e desde 2011 reside em Curitiba, onde é seminarista do Instituto Missões Consolata e realiza os estudos de graduação em filosofia.
sexta-feira, 5 de dezembro de 2014
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Rosa Alice Branco
A Árvore da Sombra A árvore da sombra tem as folhas nuas como a própria árvore ao meio-dia quando se finca à terra e espera co...
-
ÂNGELA.- Continuei a andar pela cidade à toa. Na praça quem dá milho aos pombos são as prostitutas e os vagabundos — filhos de Deus mais do ...
-
PÃO-PAZ O Pão chega pela manhã em nossa casa. Traz um resto de madrugada. Cheiro de forno aquecido, de levedo e de lenha queimada. Traz as...
-
EU JÁ ESCUTO OS TEUS SINAIS Olhe lá Eu nunca quis voltar atrás no tempo nem por uma vez A vida já foi muito boa e mui...
Nenhum comentário:
Postar um comentário