MEG MERRILIES
I
Velha Meg era uma cigana,
Que vivia pelos descampados.
Sua cama a relva castanha,
E sua casa os caminhos.
II
Suas maçãs as negras amoras,
Suas passas as vagens de giesta;
Seu vinho o orvalho da rosa
silvestre,
Seu livro a esteia das criptas.
III
Seus irmãos os troncos dos
pinheiros,
Suas irmãs as pedras das encostas;
Só com esta grande família
Ela vivia como queria.
IV
Nenhum desjejum de
manhã,
Sem almoço ao meio-dia.
Em vez de jantar contemplava
De olhos arregalados a lua.
V
A cada manhã com
trepadeiras
Engendrou suas guirlandas,
Cada noite com o teixo do vale
Tecia, e cantava.
VI
Com seus dedos
velhos e pardos
Trançava tapetes de junco,
E os dava aos
camponeses
Que encontrava
pelos arbustos.
VII
Tão valente quão a Rainha Margaret
E alta como uma Amazona.
Vestia velha
capa vermelha;
E um barato
chapéu.
Deus permita que
seus ossos repousem
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