MEDITERRÂNEO
Como no poema de Whitman um rapazito
aproximou-se e perguntou-me: O que é a erva
Entre o seu olhar e o meu o ar doía.
À sombra de outras tardes eu falava-lhe
das abelhas e dos cardos rente à terra.
MADRIGAL MELANCÓLICO
Raramente lá vou, mas sempre
que passo na cidade, junto ao rio,
é o jardim que procuro primeiro,
onde o amigo colheu há tantos anos,
para me dar, a flor da canforeira.
Coimbra é ainda essa flor,
e na memória que bem que cheira.
[In Escrita da Terra, Poesia e Prosa (1940-1979), Imprensa Nacional Casa da Moeda, Vila da Maia, 1980, pp. 246-247].
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Fernando Paixão
Os berros das ovelhas de tão articulados quebram os motivos. Um lençol de silêncio cobre a tudo e todos. Passam os homens velho...
-
ÂNGELA.- Continuei a andar pela cidade à toa. Na praça quem dá milho aos pombos são as prostitutas e os vagabundos — filhos de Deus mais do ...
-
PÃO-PAZ O Pão chega pela manhã em nossa casa. Traz um resto de madrugada. Cheiro de forno aquecido, de levedo e de lenha queimada. Traz as...
-
ODE DESCONTÍNUA E REMOTA PARA FLAUTA E OBOÉ. DE ARIANA PARA DIONÍSIO. I É bom que seja assim, Dionísio , que não venhas. Voz e vento ...
Nenhum comentário:
Postar um comentário