Sentia-me sem forças, gelada,
mas os meus passos eram leves.
Na mão direita tinha a luva
da mão esquerda, ao partir.
Eram realmente tantos degraus?
Eu sabia que eram só três!
O Outono abraçava os plátanos
e murmurava: «Morre comigo!»
É o meu destino
que me enganasse e me traísse.
Eu respondi: «Oh, meu amor!
Eu também... Contigo morrerei...»
Este é o canto do último encontro.
Olhei para a casa escura,
Só no meu quarto, amarelo e indiferente,
ardia o fogo das velas.
[In Poetas Russos, Relógio D´Água, 1995, p.169]
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