QUARTO MINGUANTE
A madrugada,
essa lembrança
brutal
de que sou
apenas um nome
Invertebrado
que transita
daqui para ali.
E estorva
nas outras
bocas
Tenho a certeza que
se ouviria o pulso
sanguíneo das coisas
cardeais,
se as cabeças
estivessem limpas
da caspa do dia
anterior.
Não te assustes,
cada nome amado
é desde o início
uma cicatriz feita à gadanha
no instinto reptil da língua.
Eu dou o meu corpo
como albergue
a quem tem medo da noite.
Sou com quem eles falam
sobre os estrangeirismos
da solidão,
antes que amanheça
e não lhes seja permitido
segredar mais nada.
(Inédito)
quinta-feira, 12 de setembro de 2019
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